sexta-feira, 29 de agosto de 2014

BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO?



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Por Gabriel Gonzalez
Missionário  auxiliar do Dept. de Jovens da  
União Sul Brasileira da IASD-MR, 
conferencista nacional e fundador do projeto 
de pureza sexual Na Hora Certa


Não se sabe ao certo o autor ou mesmo quando começou a circular a popular expressão “bandido bom é bandido morto”, mas ela passou a se tornar popular no começo dos anos 90. A frase foi francamente proclamada em todas as ocasiões onde a violência urbana pareceu ter chegado ao limite do tolerável.


Quero trazer toda a emoção e filosofia dessa frase através de um caso real. No vídeo abaixo você poderá notar que trata-se de uma tentativa de roubo de veículo. Poderão notar, também, que foi realizado um disparo no vidro do passageiro para fazer o condutor parar. Defensivamente o motorista jogou o carro sobre o criminoso, que acabou o derrubando de sua moto e ficando com a perna presa.


Filmagem amadora compartilhada em redes sociais



O bandido, sentindo muita dor, clama por socorro e lembra aos outros que ele “também é ser humano”.


O vídeo acima apareceu nas redes sociais e veja qual foi a reação da sociedade em sua grande maioria:



- “Esse sofreu pouco, vai trabalhar vagabundo!”



- “Porque não amputaram com machado? Nunca vi ladrão correndo de muleta...”


- “Será que foi só eu que torci para o macaco quebrar e o carro cair de vez?”

- “Eu teria ido a um Depósito de Construção, e teria comprado um arco de serra. Teria entregue nas mãos do vagabundo assassino, e diria: ‘Quer sair daí? Serre a sua perna...’”

- “Dê a ele o mesmo direito que ele deu ao motorista, um tiro sem a menor condição de defesa, não sou hipócrita. Bandido não nos dão direitos humanos, mas eles exigem. Chega de inversão de valores”.

- “Por mim devia ter morrido, Desculpa mas bandido bom é bandido morto! E se alguém não gostar do meu comentário vai na cadeia e adota um criminoso!”

- “Ser humano só merece ser tratado como ser humano quando age como tal”.


O que gera tanta indignação é o fato do bandido estar pedindo misericórdia quando, minutos atrás, estava disposto a tirar a vida de alguém para obter o que queria. 

Um conflito de emoções invade nossa mente quando assistimos esse vídeo. Talvez alguns sintam pena, pela condição na qual o homem se encontra e os desgarrados apelos por ajuda. Mas por outro lado podemos pensar: E se ele tivesse matado uma pessoa? E se essa pessoa fosse meu pai, meu irmão, meu filho? Qual seria a tua e a minha atitude se algo desse tipo acontecesse? 

Mais importante do que saber qual seria nossa atitude é indagar: O que Jesus faria? 



Não precisamos ficar imaginando muito qual seria a atitude de Jesus nessa circunstância porque a Bíblia registra fatos em que Jesus precisou encarar essa realidade. A Bíblia nos apresenta a Jesus como um advogado fiel e misericordioso que nos defende com Seu sangue e recebe a todos que o buscam arrependidos de seus pecados. Ele nos defende perante o tribunal do Pai.





Dentre os vários exemplos bíblicos há um em que a atitude de Jesus um me impressiona muito. Me refiro a atitude de Jesus perante a mulher adúltera. Relembre comigo a história lendo essa passagem que está em João 8:1-11:



"Depois todos foram para casa, mas Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada ele voltou ao pátio do Templo, e o povo se reuniu em volta dele. Jesus estava sentado, ensinando a todos. Aí alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram: — Mestre, esta mulher foi apanhada no ato de adultério. De acordo com a Lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?
Eles fizeram essa pergunta para conseguir uma prova contra Jesus, pois queriam acusá-lo. Mas ele se abaixou e começou a escrever no chão com o dedo. Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, Jesus endireitou o corpo e disse a eles:


— Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!

Depois abaixou-se outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé. Então Jesus endireitou o corpo e disse:

— Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você?

— Ninguém, senhor! — respondeu ela.

Jesus disse: — Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!"





No relato de João uma multidão irada e sedenta de sangue arrastou uma mulher acusando-a de ter cometido adultério e, por tanto, pedindo a pena de morte por apedrejamento que era a sentença costumeira para esse tipo de pecados. Quase posso ouvir a turba gritando: “Adultera boa é adultera morta!”.


Mas Jesus não se deixou levar pela euforia de ‘executar sentença com as próprias mãos’. Ele viu nessa mulher pecadora um ser humano. Um ser humano pecador, sim, mas um ser humano que podia ser recuperado. A atitude de Jesus foi fantástica. Começou a escrever os pecados dos ‘justiceiros’ na areia. O foco foi tirado da pessoa e colocado no pecado. Jesus mostrou que o grande vilão era o pecado. Jesus mostrou que se fosse para exterminar alguma pessoa por ter cometido pecado todos deveriam ser exterminados! 



O resultado foi inesperado e abençoado. As pessoas começaram a dispersar e a mulher pecadora recebeu a ordem: “Nem eu te condeno. Vai e não peques mais”. 



Sabe qual é a diferença entre o bandido do vídeo e você? Vamos deixar a bíblia responder. Veja abaixo várias passagens bíblicas que mostram nossa real condição: 



Romanos 3.23: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus".
Gênesis 8:21: “O Senhor sentiu o aroma agradável da adoração e declarou a si mesmo: “Jamais amaldiçoarei a terra por causa do homem, porquanto seu íntimo é completamente inclinado para o mal, desde o nascimento. E nunca mais destruirei todos os seres nos quais há o fôlego da vida, como fiz desta vez”.
Eclesiastes 7:20: “Contudo, não existe um homem tão justo sobre a face da terra que saiba fazer o bem sem jamais pecar!”

1 João 1:8: “Se declaramos que não temos pecado algum enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”.

Percebeu a diferença entre o bandido e você? O bandido é pecador praticando pecado. Você é um pecador praticando pecado! Talvez um pecado diferente, mas ainda pecado. Não existe diferença. 

O apóstolo Paulo escreveu as interessantes palavras que se encontram em Romanos 2.1: “Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas exatamente as mesmas atitudes”.


Talvez você não anda armado na rua disparando contra as pessoas de quem quer roubar o carro. Mas será que você é uma boa pessoa segundo o padrão de Deus? 

Sabe o que esse bandido, você e eu merecemos? Romanos 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte...” É isso que merecemos, morte. E morte eterna! Não importa que tipo de pecado foi cometido. Merecemos morrer. “...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor!”. Existe esperança. Há uma saída. Você diz amém?

Em Hebreus 9:28 a Bíblia nos diz: “Assim também Cristo foi oferecido uma vez para levar os pecados de muitos”. E em 1 Timoteo 2:5 e 6 ela nos dá a certeza: “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e o ser humano, Cristo Jesus, homem. Ele se entregou em resgate por todos, para servir de testemunho a seu próprio tempo”.

Cristo morreu para pagar a pena do pecado das nossas vidas. A penalidade de todos os pecados.

João 3.16 declara: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
  
Concluindo quero expressar o seguinte pensamento: Bandido bom é bandido morto? NÃO! Digo que BANDIDO BOM É BANDIDO RESGATADO PELA GRAÇA DE DEUS! Pecador bom é pecador resgatado pela graça de Jesus. Você e eu precisamos desta graça.

Que Deus te abençoe. 


Fraternalmente
Gabriel Gonzalez – Um "bandido"/pecador resgatado de debaixo do carro

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