domingo, 29 de março de 2015

DIA DO SENHOR: SÁBADO OU DOMINGO?


SÁBADO OU DOMINGO?


Ao estudarmos a Bíblia Sagrada descobrimos que experimentar o descanso sabático é um antídoto importante para a vida estressante atual. Já que Deus entende cada uma das nossas necessidades, Ele estabeleceu o sétimo dia para nosso descanso físico e renovação espiritual. Depois de criar nosso mundo em seis dias, Ele “descansou” no sétimo dia, “abençoou” e “o santificou” (Gênesis 2:1-3).

Quando Deus deu os Dez Mandamentos para Seu povo, Israel, Ele colocou o mandamento de observar o sétimo dia, o Sábado, no coração da Sua lei (Êxodo 20:8-11). De acordo com esse mandamento, o sábado é um memorial do poder criativo de Deus, um dia para pararmos e pensarmos sobre as belezas e maravilhas de Suas obras criadas, um dia para relaxar e nos aproximar de nosso Criador, um dia para explorar num nível mais profundo nosso relacionamento com Ele.

Durante a vida humana de Jesus aqui na terra, Ele também guardou o sábado (Lucas 4:16) e reafirmou-o como um dia que beneficia os cristãos (Marcos 2:27, 28). Vários textos no livro de Atos mostram que os discípulos de Cristo adoravam no sábado depois de Sua ressurreição (Atos 13:14; 16:13; 17:2; 18:1-4, 11).

1. UMA PERGUNTA INTRIGANTE

Isso nos leva a um tema que muitos acham intrigante. O mundo cristão tem estado a observar dois dias diferentes. De um lado, a maioria dos cristãos observa com sinceridade o domingo, o primeiro dia da semana, que crêem ser um memorial da ressurreição de Cristo. De outro lado, um grande grupo de cristãos, igualmente sinceros, crêem que a Bíblia honra apenas o sétimo dia como o sábado do Senhor, e que não há em nenhum outro lugar na Bíblia qualquer indicação da santidade do domingo.

Será que realmente faz alguma diferença qual o dia que separamos para o descanso sabático? Como pessoas sinceras e honestas que desejam conhecer a verdade, precisamos sempre nos perguntar: “O que importa para Jesus? O que Jesus deseja que eu faça?”.

Para chegar a uma decisão sobre isso, muitos fatos importantes precisam ser esclarecidos: Quem mudou o descanso sabático do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia da semana? Será que a Bíblia autoriza essa mudança? Se sim, será que Deus, Cristo, ou talvez os apóstolos fizeram essa mudança?

Vamos proceder mediante a análise de todas as possibilidades.

2. SERÁ QUE DEUS MUDOU O SÁBADO?

Há algum tipo de pronunciamento de Deus que muda a adoração do sábado para o primeiro dia da semana?

A maioria dos cristãos aceita os Dez Mandamentos como um guia válido para a vida. Eles são a única mensagem que Deus escreveu em toda a história da raça humana. Eles são tão importantes que Ele os escreveu em pedra com Seu próprio dedo (Êxodo 31:18).

No quarto mandamento, Deus nos instrui:

“Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, MAS O SÉTIMO DIA É O SÁBADO DEDICADO AO SENHOR, O TEU DEUS. Nesse dia não farás trabalho algum… Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia DESCANSOU. Portanto, o Senhor ABENÇOOU o sétimo dia e o SANTIFICOU”. Êxodo 20:8-11 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional da Bíblia [NVI].).

Quando Deus deu os Dez Mandamentos a Seu povo, Ele também deixou claro que nenhum ser humano deveria revisar ou editar qualquer instrução dada por Seus lábios.

“NADA ACRESCENTEM às palavras que eu lhes ordeno e delas NADA RETIREM, mas obedeçam aos mandamentos do Senhor, o Seu Deus, que eu lhes ordeno”. Deuteronômio 4:2

O próprio Deus promete não alterar Seus mandamentos:

“NÃO violarei a minha aliança NEM MODIFICAREI AS PROMESSAS DOS MEUS LÁBIOS”. Salmo 89:34

A Bíblia é clara em afirmar que Deus não mudou o descanso sabático do sétimo para o primeiro dia da semana.

3. SERÁ QUE JESUS MUDOU O SÁBADO?

De acordo com Jesus, os Dez Mandamentos não eram suscetíveis a mudanças:

“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra”. Mateus 5:17, 18.

Na Lição 16, descobrimos que Jesus tinha o costume de adorar na sinagoga aos sábados (Lucas 4:16). Também descobrimos que Jesus desejava que Seus discípulos continuassem e experimentar a alegria da verdadeira guarda do sábado (Mateus 24:20).

Não há dúvidas pelos ensinos de Jesus e o Seu exemplo que ainda precisamos do descanso sabático para descansar, relaxar e passar tempo com Deus.

4. SERÁ QUE OS APÓSTOLOS MUDARAM O SÁBADO?

Tiago, o primeiro líder da igreja cristã primitiva, escreveu o seguinte sobre os Dez Mandamentos:

“Pois quem obedece a toda Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de quebrá-la inteiramente. Pois aquele que disse: ‘Não adulterarás’, também disse: ‘Não matarás’. Se você não comete adultério, mas comete assassinato, torna-se transgressor da Lei”. Tiago 2:10, 11

Lucas, o médico e evangelista da igreja primitiva, relata:

“No sábado, saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que haviam se reunido ali”. Atos 16:13

O livro de Atos no Novo Testamento menciona 84 vezes que o sábado era observado pelos seguidores de Cristo, todos abrangendo um período de 14 anos depois da ressurreição de Jesus: 2 sábados em Antioquia (Atos 13:14, 42, 44); 1 em Filipos (Atos 16:13); 3 em Tessalônica (Atos 17:2, 3); 78 sábados em Corinto (Atos 18:4, 11).

João, o último dos doze apóstolos a morrer, guardou o sábado. Ele escreveu:

“No dia do Senhor achei-me no Espírito”. Apocalipse 1:10

De acordo com Jesus, o dia do Senhor é o sábado:

“Pois o Filho do Homem é Senhor do sábado”. Mateus 12:8

Uma pesquisa das evidências na Escritura revela que os apóstolos não fizeram nenhuma tentativa de mudar o dia de descanso de Deus do sétimo para o primeiro dia da semana. O Novo Testamento menciona o primeiro dia da semana oito vezes. Em nenhuma delas o primeiro dia da semana é chamado de dia santo, nem apresenta qualquer indicação de que deveria ser separado como um dia de adoração. Um exame crítico dos oito textos que mencionam o primeiro dia da semana mostra os seguintes eventos que ocorreram no domingo:

(1) As mulheres visitaram o túmulo de Jesus no primeiro dia (Mateus 28:1)

(2) “Quando terminou o sábado”, mulheres voltaram a fazer suas atividades seculares no primeiro dia da semana (Marcos 16:1, 2).

(3) Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena na madrugada do primeiro dia da semana (Marcos 16:9).

(4) Os seguidores de Jesus voltaram às suas atividades seculares no primeiro dia da semana (Lucas 24:1).

(5) Maria foi ao túmulo de Jesus e o encontrou vazio no primeiro dia da semana (João 20:1).

(6) Os discípulos se reuniram “por medo dos judeus” (não para adoração) no primeiro dia da semana (João 20:19).

(7) Paulo pediu aos membros da igreja para consultarem suas economias no primeiro dia da semana e, de acordo com sua renda, separarem “uma quantia” para enviar aos pobres em Jerusalém (I Coríntios 16:1, 2). A passagem não menciona qualquer indício de encontro religioso.

(8) Em Atos 20:7, Lucas fala de uma pregação de Paulo feita no primeiro dia da semana num encontro casual de despedida. Além disso, Paulo pregava todos os dias, e os apóstolos repartiam o pão diariamente (Atos 2:46).

Nenhuma dessas passagens da escritura sugere que os apóstolos pretendiam cessar a observação do sábado. Os apóstolos não mencionaram nenhuma mudança do descanso sabático do sétimo para o primeiro dia da semana. Não há nenhuma evidência clara no Novo Testamento de que tenha havido essa mudança. A mudança ocorreu muito tempo depois de Jesus e dos apóstolos, por isso precisamos nos voltar para a história para vermos quando e como a mudança ocorreu.

5. DE ONDE VEIO O DOMINGO?

Os apóstolos alertaram que alguns cristãos se afastariam das doutrinas do cristianismo do Novo Testamento: “Por isso, vigiem!” (Atos 20:29-31). E foi exatamente isso que aconteceu. Historiadores conceituados registram claramente como os cristãos começaram se afastar da pureza apostólica. As tradições e as doutrinas que Paulo, Pedro e os outros fundadores da igreja cristã nunca tinham aceitado foram gradualmente sendo incorporadas à igreja.

A mudança da observância do sábado para o domingo ocorreu depois que o Novo Testamento já tinha sido completado e que todos os apóstolos já tinham morrido. A história registra que os cristãos eventualmente mudaram a adoração e o descanso do sétimo para o primeiro dia da semana. É claro que os crentes não deixaram de guardar o sábado de um dia para o outro. A ocorrência autêntica mais primitiva da observância do domingo por cristãos ocorreu na Itália, no meio do segundo século depois de Cristo. Por muito tempo depois disso, muitos cristãos guardavam os dois dias, enquanto outros ainda descansavam apenas no sábado.

No dia 7 de março de 321 AD, Constantino o Grande promulgou a primeira lei civil acerca do domingo, ordenando que todas as pessoas do império romano, exceto os fazendeiros, deveriam descansar no domingo. Isso, juntamente com cinco outras leis decretadas por Constantino tratando do domingo, estabeleceram um precedente legal para todas as legislações civis relativas ao domingo que existem até nossos dias atuais. No quarto século, o Concílio de Laodicéia proibiu os cristãos de se absterem de trabalhar no sábado, enquanto instava para que eles honrassem o domingo evitando trabalhar nesse dia sempre que possível.

A história mostra que a adoração e a observância do domingo é um costume estabelecido pelo homem. A Bíblia não nos dá autoridade para trocarmos a observância do quarto mandamento, o sábado. O profeta Daniel predisse que durante a era cristã, um poder de engano tentaria mudar a lei de Deus (Daniel 7:25).

6. QUEM FEZ A MUDANÇA?

Quem oficialmente mudou o dia de descanso do sétimo dia para o primeiro dia da semana? A Igreja Católica afirma ter feito isso. Numa tentativa de salvar o decadente império romano, líderes da igreja bem intencionados se comprometeram e tentaram mudar o dia de adoração do sábado para o domingo.

Um catecismo da Igreja Católica Romana diz:

“P. Qual é o dia de descanso?
R. O sábado é o dia de descanso.
P. Por que guardamos o domingo e não o sábado?
R. Guardamos o domingo ao invés do sábado porque a Igreja Católica… transferiu a solenidade do sábado para o domingo”. Peter Geiermann, The Convert Catechism of Catholic Doctrine (Edição de 1957), pág. 50 [tradução livre].

A Igreja Católica orgulhosamente proclama que os líderes humanos da igreja fizeram a mudança.

“O dia santo foi mudado do sábado para o domingo… não em virtude de qualquer instrução dada pelas Escrituras, mas por causa do sentimento de poder da própria igreja… As pessoas que pensam que as escrituras deveriam ser a única autoridade, deveriam logicamente se tornar Adventistas do Sétimo Dia, e santificar o sábado”. Cardeal Maida, Arcebispo de Detroit, EUA, St. Catherine Catholic Church Sentinel, Algonac, Michigan, EUA, 21 de maio de 1995 [tradução livre].

7. O QUE ALGUMAS IGREJAS PROTESTANTES DIZEM?

Os documentos oficiais que resumem as crenças de várias denominações protestantes concordam que a Bíblia não oferece nenhum tipo de ocorrência que legalize a observância do domingo.

Martinho Lutero, o fundador da Igreja Luterana, escreveu na Confissão de Augsburg, Artigo 28, parágrafo 9:
“Eles [os Católicos Romanos] alegam que o sábado foi mudado para o domingo, o dia do Senhor, que é contrário ao decálogo [os Dez Mandamentos],… nem há qualquer exemplo maior de prepotência do que essa mudança do dia de descanso. Com isso, eles dizem que grande é o poder e a autoridade da igreja, pois ela dispensou um dos dez mandamentos”. [tradução livre]

Os teólogos metodistas Amós Binney e Daniel Steele observaram:
“É verdade, não há nenhuma ordem bíblica que assevere o batismo de crianças… nem que seja santificado o primeiro dia da semana”. Theological Compend (Nova Iorque: Methodist Book Concern, 1902), págs. 180, 181. [tradução livre].

O Dr. N. Summerbell, historiador dos discípulos de Cristo e da igreja cristã escreveu:
“A igreja Romana havia se apostatado totalmente… Ela alterou o Quarto Mandamento, trocando o descanso do sábado ordenado na Palavra de Deus, e instituindo o domingo como dia santo”. A True History of the Christian and the Christian Church, págs. 417, 418 [tradução livre].

8. NA VERDADE, QUAL É O PROBLEMA?

Isso nos leva a encarar as perguntas: Por que tantos cristãos guardam o domingo sem a autoridade bíblica? E mais importante ainda: Que dia devemos guardar? Será que não deveríamos seguir os que dizem: “Eu não acho que faça diferença qual o dia devo guardar, contanto que separe um dia dentre os sete?” Ou, será que deveríamos dar importância ao dia que Jesus, nosso Criador, estabeleceu quando criou nosso mundo, e o dia que Deus apontou nos Dez Mandamentos: “O sétimo dia, o sábado?”

Aqui estamos nós, lidando com mais do que simplesmente uma observância exterior. Estamos tratando de qual o dia correto que foi estabelecido por Deus segundo a Bíblia. O tema essencial de tudo isso é a obediência a Jesus. Nosso Criador separou o sábado como um dia santo, como um tempo no qual nós e nossas famílias pudéssemos nos aproximar dEle para recebermos forças e renovar a nossa vida. A quem devemos obedecer? Devo obedecer a Cristo, o Filho de Deus, ou à tradição humana com respeito a qual dia devo santificar? A escolha está clara: os ensinos dos homens ou os mandamentos de Deus; a palavra dos homens ou a Palavra de Deus; uma substituição humana ou um mandamento divino?

O profeta Daniel manda um aviso àqueles que tentam “mudar os tempos e as leis” (Daniel 7:25, NVI) ["cuidará em mudar os tempos e a lei" (Daniel 7:25, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição)]. Deus está chamando seu povo de volta à obediência. Ele os convida a guardarem o sábado como um símbolo de lealdade e amor a Ele.

Jesus disse: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos”. (João 14:15). E Ele promete completa alegria para aqueles que O amam a ponto de obedecer a Seus mandamentos (João 15:9-11). Temos um maravilhoso Salvador. Ele está ansioso para que nós experimentemos Seu amor em sua totalidade. Um coração desejoso de obedecer abre completamente as portas para esse amor.

No Jardim do Getsêmani, Cristo se submeteu completamente à vontade do Pai – mesmo que tivesse de enfrentar a cruz e que os pecados do mundo fossem acabar com Sua vida. Quando gritou a Deus: “Afasta de mim este cálice”, Ele continuou colocando a vontade de Deus acima da sua própria, e acrescentou: “contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Marcos 14:36).

Cristo almeja que experimentemos a plenitude que acompanha uma vida verdadeiramente submetida a Deus. Ele também deseja que experimentemos o descanso do sábado. Deseja que confiemos nEle o suficiente para que possamos obedecê-lO em cada detalhe de nossa vida. Se você responder ao chamado de Deus e obedecer a todos os Seus mandamentos, você irá experimentar a promessa de Jesus de que a “alegria” que Ele dá estará em nós, e a nossa alegria será completa (João 15:11).


Fonte: Copyright © 2004 The Voice of Prophecy Radio Broadcast - Los Angeles, California, U.S.A


sexta-feira, 27 de março de 2015

Convite especial!

Olá a todos!

Saúdo-vos com graça, paz e maranata! Que a paz que excede a todo o entendimento seja com vocês.

Aproveito para convidar aos amigos e queridos leitores que moram nos Estados de Tocantins, Pará e Maranhão a estarem conosco numa série de palestras sobre a salvação pela graça e a preparação espiritual no tempo do fim. O evento será realizado na cidade de Praia Norte - Tocantins, de 03 à 05 de abril. Haverá evangelismo à população da cidade e região e atividades de treinamento missionário, além de importante ação social na comunidade. No domingo haverá um batismo especial com pessoas daquela cidade que tem aceitado a Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas.
Maiores informações de como participar ou apoiar essa missão com livros e materiais missionários, ligue para: DDD (77) 9137 - 5676.

Atenciosamente,
Marcos Peter





domingo, 15 de março de 2015

Homossexuais podem ser membros batizados da Igreja?

Homossexuais podem ser membros batizados da Igreja? Entre as muitas igrejas cristãs, escolhemos a posição oficial da Igreja Adventista sobre a homossexualidade para fazermos esta breve reflexão. Isto porque a vimos como bem objetiva e de fato coerente com o que diz a Bíblia e a história do cristianismo dos tempos apostólicos e da igreja cristã primitiva.

O tema da homossexualidade está em voga nos dias atuais. Muitos perguntam qual deve ser a posição da igreja em relação aos homossexuais frequentadores das reuniões da igreja. Deve amá-los? Deve expulsá-los da comunidade? Pela Bíblia entendemos que a igreja deve acolher a todos. Independente de qual seja a orientação sexual. Amar a todos foi o que Jesus nos ensinou no Evangelho. E ao tempo em que a igreja deve amar a todos, de acordo com o interessante texto abaixo, podemos concluir que uma ligação oficial à igreja através do batismo deve ser efetivada apenas após o abandono das práticas contrárias ao Evangelho. 

"A Igreja Adventista reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus. Por isso, buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espírito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o apoio da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.


Os adventistas crêem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal entre homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na criação. As Escrituras declaram: “Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gên. 2:24). Esse padrão heterossexual é confirmado em todas as Escrituras.



A Bíblia não faz ajustes para incluir atividades ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo do casamento heterossexual estão proibidos (Lev. 20:7-21; Rom. 1:24- 27; 1 Cor. 6:9-11).



Jesus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando disse: “Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mat. 19:4-6). Por esse motivo, os adventistas opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.



Os adventistas empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e famílias que sofriam a conseqüência do pecado. Desenvolveu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades. Mas fez distinção entre Seu amor pelos pecadores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.



Esta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999, durante o Concílio Anual da Comissão Executiva da Associação Geral realizado em Silver Spring, Maryland".


Segundo entendemos pela leitura do texto acima, qualquer homossexual é bem vindo à comunidade da igreja. Ainda que não podendo ser membro batizado ou assumir cargos até que abandone a prática ou relacionamentos homossexuais. Se a pessoa desejar estar ligada a igreja como membro deverá abandonar as práticas homossexuais, pois essas práticas se constituem pecado. É o que pode ser concluído a partir da Bíblia. Após o abandono das práticas ela pode ser batizada como qualquer outra pessoa convertida que abandou seus pecados passados.


Aqui no blog já registramos vários casos de conversão de ex-homossexuais, onde através da graça eles se tornaram novas criaturas em Cristo. Veja esses links abaixo:



1) http://www.gracaesalvacao.blogspot.com.br/2014/05/testemunho-impactante-eduardorocha.html

2) http://www.gracaesalvacao.blogspot.com.br/2014/02/ex-gay-maravilhosa-graca-de-deus-o.html


3) http://www.gracaesalvacao.blogspot.com.br/2014/07/ex-lesbica-conta-como-passou-ser.html


4) http://www.gracaesalvacao.blogspot.com.br/2014/02/homossexuais-podem-ser-curados-pela.html


5) http://www.gracaesalvacao.blogspot.com.br/2014/02/ex-lesbica-famosa-se-converte-jesus.html


Entendemos que Deus ama e perdoa a todas as pessoas sejam quais forem seus pecados. Cremos pela Bíblia, que a graça de Jesus é poderosa para transformar o pecador. Cremos também que a igreja não pode ser conivente e concordar com o pecado devido a pressão da sociedade ou em nome de uma falsa graça e misericórdia separada do verdadeiro amor de Deus que repreende a abomina o pecado. Por isso, se um pastor, esconde o pecado dentro da membresia de sua igreja, seja de quem for, e ainda protege e concede posições de responsabilidade mesmo sabendo o que diz a Palavra de Deus, este líder também está em pecado e será julgado e cobrado pelo erro de omissão diante da justiça divina.

Oramos para que todo o pecador que entende o Evangelho da graça dobre seus joelhos diante da santidade e se arrependa e aceite a salvação de Deus enquanto a porta da graça ainda está aberta. Lembre-se sempre que Jesus te ama muito. Enquanto há vida há esperança de salvação.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28.13). 

Querido(a) leitor(a) se você precisa de ajuda e deseja aconselhamento sobre temas espirituais como este do post de hoje ou gostaria de pedir orações, sinta-se livre para falar com o editor deste blog. Em Cristo há a saída de qualquer dilema humano.

Facebook: facebook.com/profmarcospeter

E-mail: marcospeter1@hotmail.com

É errado expor o pecado do teu irmão?


Alguns dizem que não devemos expor o pecado alheio como fez Cam com o seu pai Noé (Gn. 9.20-25). Outros dizem que o amor encobre as transgressões alheias como está escrito em (Pv. 10.12). E existem aqueles que dizem "não julgue" para não ser julgado conforme (Mt. 7.1,2), dando a entender com essas palavras que não podemos falar nada quando alguém peca.


Basicamente por causa destes três textos alguns entendem que é pecado expor o pecado alheio e, por isso, ocultam os pecados alheios de irmãos na fé, de líderes e de colega de ministério.


Entretanto, o texto (Gn. 9.20-25) nos diz que Cam errou primeiro, por ter visto a nudez do seu pai. Segundo, por não ter coberto a nudez do pai. E terceiro, por revelar a situação vergonhosa do pai aos seus irmãos.
Cam errou porque desrespeitou o seu pai ao vê-lo nu, ao deixá-lo nu e ao contar a seus irmãos a nudez do seu pai.

O texto de (Pv. 10.12) ensina que o amor perdoa todas as ofensas, e não que o amor me leva a ocultar os pecados alheios.

E, por fim, o texto de (Mt. 7.1-5) nos ordena a não criticar os outros, que no contexto significa: fazer reparos sobre falha, defeito, omissão, etc. em; condenar, reprovar (Dicionário Aurélio).

Os três textos não ensina que devemos colocar de baixo do tapete os pecados alheios, ou que devemos fechar os nossos olhos para os pecados alheios como se eles não tivessem existidos, ou como se isso não fosse importante, ou que não devemos fazer nada quanto ao pecado alheio.

Agora vamos ver o que a Bíblia diz claramente sobre como devemos lidar com o pecado alheio.

"Se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão". Mateus 18:15

O texto bíblico acima diz que eu devo mostrar, ou seja, expor para aquele que pecou contra mim o seu pecado.

"Mas se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de duas ou três testemunhas". Mateus 18:16
Agora o texto diz que caso o irmão que pecou contra mim não me ouça, eu devo levar duas ou três testemunhas para estar ciente do erro alheio e tentar restaurá-lo.
Se ele se recusar a ouvi-los, conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano. Mateus 18:17

Se o irmão que pecou contra mim não quiser ouvir as duas ou três testemunhas que eu levei, a situação dele deve ser exposta para a igreja; e se ele não ouvir a igreja deve ser excluído da mesma.

Por tanto, eu concluo com base neste texto que eu devo expor o pecado alheio para aquele que pecou contra mim. Caso ele não me ouça, devo expor o seu pecado a duas ou três testemunhas. Caso ele também não ouça as testemunhas, eu devo expor o pecado dele a igreja.

O que dizer então do que Paulo fez ao escrever uma carta para a Igreja de Corinto e expor um pecado cometido por um membro da igreja que em toda parte se ouvia falar?
Primeiro, Paulo expõe um pecado que já era público.

"Por toda parte se ouve que há imoralidade entre vocês, imoralidade que não ocorre nem entre os pagãos, a ponto de alguém de vocês possuir a mulher de seu pai". 1 Coríntios 5:1
Segundo, Paulo repreende a igreja e ordena a mesma a expulsar o membro causou aquele escândalo.

"E vocês estão orgulhosos! Não deviam, porém, estar cheios de tristeza e expulsar da comunhão aquele que fez isso?" 1 Coríntios 5:2
Terceiro, Paulo condena aquele que estava cometendo o pecado e causando escândalo.
"Apesar de eu não estar presente fisicamente, estou com vocês em espírito. E já condenei aquele que fez isso, como se estivesse presente". 1 Coríntios 5:3

Quarto, Paulo ordenou a igreja a entregar o homem a Satanás.

"entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor". 1 Coríntios 5:5
Quinto, Paulo pergunta a igreja se ela não deveria julgar os seus membros quando estes pecam.
"Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro?" 1 Coríntios 5:12

Por fim, Paulo mais uma vez manda a igreja expulsar aquele homem do meio da igreja.

Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês". 1 Coríntios 5:13
Eu entendo com este texto que um pecado que vem a público deve ser tratado e punido publicamente, como foi o caso desse jovem.
Talvez alguns irmãos e líderes diriam que Paulo não perdoou este homem, que expos o seu pecado e que o julgou. Não vamos nos esquecer que o que ele escreveu e determinou a igreja foi inspirado por Deus.
Tanto o texto de Mateus como de 1 Coríntios fala sobre como lidar com pecados dos membros.

Agora vamos ver como deve ser tratado os pecados da liderança eclesiástica.
Primeiro, Paulo ordena a Timóteo a repreender em público os pastores que pecarem.
"Os que pecarem deverão ser repreendidos em público, para que os demais também temam". 1 Timóteo 5:20

Sobre este texto o Comentário Bíblico Beacon diz o seguinte:
"O apóstolo vai mais a fundo no versículo 20: Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. Se e quando a falta for comprovada pela boca de duas ou três testemunhas independentes, o culpado tem de sofrer as consequências do seu pecado, por mais dolorosas e humilhantes que sejam. O pecado não pode ser abafado, mas deve ser exposto e reprovado "em público". Na ótica de Paulo, tal procedimento ressaltaria o fato de que ninguém, nem mesmo o ministro da igreja, pode pecar impunemente.

Segundo, Paulo exorta a Timóteo a seguir estas instruções sem parcialidade e favoritismo.
"Eu o exorto solenemente, diante de Deus, de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, a que procure observar essas instruções sem parcialidade; e não faça nada por favoritismo". 1 Timóteo 5:21

Moffatt traduz assim o trecho final do versículo: "Não sejas preconceituoso na execução destas ordens; sê absolutamente imparcial".
E. F. Scott comenta: "A exortação é dupla: 'Não pré-julgar um caso, aceitando acusações duvidosas, porque você não gosta do indivíduo; e não ser brando em qualquer base pessoal, quando o caso for comprovado'".

Concluo com estes dois textos bíblicos que o pecado do líder deve ser exposto publicamente para que os demais líderes temam e o líder pecante seja punido. Além disso, os líderes pecantes devem ser tratados sem parcialidade e sem favoritismo.

Eu creio que estes textos bíblicos revelam a todos nós como devemos lidar com o pecado alheio no seio da igreja.

Resumindo

1. Pecado alheio deve ser exposto para aquele que pecou.
2. Pecado alheio deve ser exposto para testemunhas e para a igreja caso o pecante não queira ouvir ninguém.
3. Pecado alheio deve ser exposto publicamente quando é de conhecimento público.
4. Pecado alheio deve ser julgado e condenado pela igreja caso o irmão continue no pecado.
5. Pecado alheio deve exposto publicamente diante de outros líderes, quando envolve líderes.

É o que está escrito!

SOMENTE A ESCRITURA!

Por Renato Corumbá.
Fonte: http://quedizaescritura.blogspot.com.br/2012/10/e-pecado-expor-o-pecado-alheio.html

sexta-feira, 13 de março de 2015

Os maiores pregadores modernos e o preparo intelectual do pregador!

Pr. Paul Washer pregando

Por Valdeci da Silva Santos
Adaptado por Marcos Peter Soares

O pregador deve ser uma pessoa preparada em vários sentidos. Como Bryan Chapell corretamente lembra: “Quando encaramos pessoas reais dotadas [da possibilidade de escolha entre vida ou morte eternas], equilibrando-se entre [a salvação ou a perdição], a nobreza da pregação nos amedronta” (Pregação Cristocêntrica, p. 17). Uma das tragédias da igreja contemporânea, segundo D. Martyn Lloyd- Jones, “é a tendência de dar às habilidades o primeiro lugar” (Pregação e Pregadores , p. 80). Todavia, isto não justifica o despreparo do pregador. Ainda que a eficácia da pregação não dependa das habilidades do pregador, mas do poder da Palavra e da atuação do Espírito Santo, o zelo pela preparação nunca deve ser desprezado. Lloyd-Jones afirmava: Posto que pregar significa comunicar a mensagem de Deus, é óbvio que isso requer certo grau de intelectualidade e habilidade”.









John Sttot, pregador da coroa britânica
A importância do preparo intelectual deve-se a vários fatores. Um deles é a coerência dos
argumentos apresentados. Proferir pensamentos ao acaso, sem ordem, em nada ajuda a congregação. O ato de raciocinar lógica e sistematicamente requer treinamento e preparo. Pregar requer o conhecimento da Escritura e de sua mensagem. Charles H. Spurgeon defendia que um homem ignorante das verdades de Deus “jamais será um grande conquistador de almas” (O Conquistador de Almas, p. 50). Precisa haver luz na candeia que há de iluminar a escuridão que envolve os homens e aquele que se apresenta como guia deve ter conhecimento da Verdade que revela o caminho. 


Martyn Lloyd Jones, pregador britânico

Outra razão para o preparo é a precisão nas afirmações. Lloyd-Jones defendia que “o pregador deveria ser acurado, jamais devendo afirmar alguma coisa que qualquer erudito membro da congregação possa mostrar estar errado ou baseado em informação equivocada” (Pregação e Pregadores, p. 84). 




O preparo intelectual do pregador é exigido pela natureza apologética de sua obra. Como Paulo, no Areópago, ele é chamado a expor, de forma clara e objetiva, a mensagem do Evangelho em meio ao panteão de filosofias que competem pelas almas dos seres humanos. Essa tarefa requer preparação contínua (1Pe 3.15). 

Charles Spurgeon
É importante ainda o conhecimento das línguas originais das
Escrituras para equipar o pregador a comunicar a mensagem do texto bíblico de forma coerente com o propósito daquele que o inspirou. O estudo da teologia e da história da igreja é também de grande valia, pois o pregador deve captar a essência do ensino bíblico. O pregador cuidadoso também atentará para algumas técnicas de comunicação que podem auxiliá-lo na exposição clara das verdades de Deus.
Pr. John Piper

Contudo, o que faz de um homem um pregador autêntico é o amor a Deus, o amor às almas, o conhecimento da Palavra de Deus e a presença e atuação do Espírito Santo em sua vida e ministério. O restante são ferramentas para a obra, não um fim em si mesmo. 


O Rev. Valdeci da Silva Santos é coordenador de doutorado do Centro Presbiteriano de Pósgraduação Andrew Jumper.

Comentário Graça e Salvação: Nas fotos acima alguns dos maiores pregadores cristãos dos tempos atuais: Martyn Lloyd Jones, John Sttot, John Piper e Paul Washer. Poderíamos citar ainda os maiores pregadores do século XVIII e XIX como John Wesley, Charles H. Spurgeon, D. L. Moody dentre outros. O segredo da boa oratória de todos eles e dos efeitos positivos das mensagens pregadas? Amor a Deus, oração, e estudo diário da Bíblia guiado pelo Espírito Santo. Uma receita bíblica infalível para quem quer pregar a Palavra de forma eficaz.

sábado, 7 de março de 2015

O sábado, a lei, a graça e a tua salvação

Por Jairo Carvalho:



A Lei de Deus, a Lei dos Dez Mandamentos inclui o Quarto Mandamento que diz: "Lembrá-te do dia de Sábado para o santificar". Êxodo 20:8

Segundo a Bíblia (Rom. 11) ainda vive, no dia de hoje, um remanescente segundo a eleição da graça. E se é pela graça, já não é pelas obras.

Que é a graça? É o amor de Deus manifestado a nós:

"Veja quão grande amor tem Jesus nos demonstrado, sendo nós ainda pecadores." Todos são salvos pela graça de Deus dada ao homem pela fé:

"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei." Romanos 3:18

Após ser salvo pela graça, é necessário permanecer em Cristo? Veja o que Jesus nos responde:

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam." João 15: 1, 6


O pecado é a transgressão da lei (dez mandamentos):


"Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei." I João 3:4

A lei é composta de 10 mandamentos, que estão em Êxodo 20:1-17, e entre eles encontra-se o quarto:

"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou." Êxodo 20:8-11

A transgressão do quarto mandamento é transgressão da lei porque quem transgride um ponto da lei é culpado da transgressão de todos os pontos da lei:

"Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos." Tiago 2:10

Portanto, a transgressão do quarto mandamento é um pecado, tanto como a transgressão de qualquer outro dos mandamentos.

Uma vez salvos pela graça, como permaneceremos em Cristo, a fim de não sermos lançados fora, como Ele mesmo disse?

Vejamos o que Jesus nos diz em Sua Palavra:

"Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado" Romanos 6:1-7
"E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu." I João 3:24

'"Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu." I João 3:5,6

"De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más." Eclesiastes 12:13, 14

Como podemos nós guardar os dez mandamentos, uma vez que isto parece humanamente impossível?

"Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?" I João 5:3-5

"porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade." Filipenses 2:13

Somos habilitados a guardar os dez mandamentos somente pelo poder de Deus. "Sem Mim, nada podeis fazer" João 15:5. E boas obras são aquelas que fazemos impelidos pelo poder de Deus: "Quem pratica a verdade aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus." João 3:21. Qualquer obra que façamos que não tenha sido motivada pela graça de Cristo, o Seu Espírito Santo, não é em si mesma uma boa obra. Uma obra que façamos que tenha sido motivada pelo nosso próprio desejo de fazer algo que os outros considerem bom para que sejamos considerados pessoas boas não é uma "boa obra" para Cristo, porque como Ele mesmo diz, "sem Mim, nada podeis fazer".

Se fomos convencidos de que a transgressão da lei é pecado, e insistimos voluntariamente em transgredir esta lei, continuamos pecando. Negamos então a graça que nos foi uma vez proposta e concedida. Cumprem-se então as palavras do apóstolo, que inspirado por Cristo disse:

"Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo." Hebreus 10:26-29

Se aceitamos a Jesus como Salvador, aceitamo-lo como Senhor de nossa vida. Jesus é o Autor e o Consumador de nossa fé:

"Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus." Hebreus 12:2

Jesus é o Autor da fé quando o aceitamos como Salvador pessoal e entramos no Seu reino espiritual, passando a estar debaixo do concerto da graça. É por isso que o apóstolo diz que "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei" Romanos 3:28. Ao aceitar a Cristo como Seu salvador pessoal pela fé, o homem é justificado diante de Deus para sua salvação.

Jesus é o Consumador da fé quando aceitamos que Ele opere em nós "o querer e o efetuar" Fil. 2:13, fazendo cumpramos o que Ele nos manda. É por isso que outro apóstolo diz:

"Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus." Tiago 2:21-23

Quando Cristo operou o "efetuar" em Abraão, fazendo com ele O obedecesse, Cristo tornou-se o Consumador da fé do patriarca. Por esta demonstração de obediência motivada pelo poder de Cristo o qual Abraão aceitou pela fé, foi esta (a fé) consumada. Então, Abraão, que já havia sido justificado pela fé quando creu em Cristo Jesus para salvação, foi agora justificado diante dos homens quando por meio de sua confiança no poder de Cristo Jesus aceitou-o como Seu Senhor e o obedeceu. Cristo o havia ordenado a oferecer seu filho Isaque no altar.

As obras de obediência não justificaram Abraão para sua salvação; todavia, justificaram a Deus por ter justificado anteriormente a Abraão pela fé. Quando a obra de obediência apareceu ao Abraão colocar seu filho sobre o altar, comprovou-se que Deus estava correto em afirmar que Abraão possuía fé nEle quando o justificou pela fé quando apenas o patriarca havia crido em seu coração.

No momento em que Deus havia justificado a Abraão, "estando ele ainda incircunciso" e não havendo ainda mostrado ao universo nenhuma obra que provasse que ele realmente cria em Cristo Jesus para a sua salvação, poderia haver pairado uma dúvida na mente das criaturas de Deus sobre se Abraão realmente cria nEle como Ele o afirmava. Todavia, quando Abraão manifestou a obra de obediência, sua fé pode ser comprovada:

"Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé." Tiago 2:24 Diante de quem o homem é justificado pelas obras? Diante de Deus? Obviamente não, pois como o apóstolo Paulo mesmo conclui, o homem é justificado diante de Deus pela fé, independentemente de obras. O homem é justificado por obras diante das criaturas de Deus, para que estas vejam que Deus foi justo quando justificou o homem pela fé que ele tinha em seu coração, independentemente de obras. Pois "com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação". Romanos 10:10; "porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração." I Samuel 16:7.

Meu sincero desejo em Cristo Jesus é que estas considerações auxiliem no esclarecimento do entendimento da justificação pela fé.

Que Deus te abençoe, Jairo Carvalho.

terça-feira, 3 de março de 2015

Afazeres x Graça x Salvação



Por Walter Vinícius

Há alguns anos atrás ouvi o relato de um pastor que me deixou incomodado. Ao final de uma missão social com jovens voluntários de todo o mundo ele reconheceu: “A correria era tanta que não tínhamos tempo pra conversar com Deus”. Essa frase pra mim parecia contraditória, pois nesses eventos os envolvidos fazem um culto pela manhã, ajudam o próximo, abraçam velhinhos, sorriem com as crianças, distribuem literaturas cristãs e bíblias e etc. Como assim não tinham tempo pra amizade com Deus mesmo fazendo tanta coisa boa? Confesso que pensei: Como um líder espiritual experiente como este, passa um evento tão importante sem momentos de intimidade com Deus. Isso é um absurdo, cheguei a pensar.

O tempo passou e hoje Deus me concede a oportunidade de trabalhar pelo evangelho. Porém nesses últimos dias tenho reconhecido na prática a frase daquele pastor. Acontece que estamos passando por uma reforma nas instalações de nossa igreja. E como toda reforma é sinônimo de correria, assim tem sido nossa vida nesses últimos meses; Quebra aqui. Conserta ali. Constrói uma parede. Muda aquela janela de lugar. E etc. O resumo é que o envolvimento com a obra de Deus é tão grande que sentimos faltar tempo para um relacionamento pessoal com Deus. E ao fazer uma retrospectiva, vejo que: Os cultos estão sendo feitos, a lição às vezes é estudada, o envolvimento com a causa é total... Mas infelizmente falta amizade verdadeira com Deus. Falta conversas íntimas.

Aqui mora um perigo que talvez nós como cristãos não tenhamos atentado ainda. O perigo de estarmos envolvidos com as coisas de Deus, mas não permitirmos sermos transformados pelo Deus dessas coisas. A síndrome de Laodiceia é justamente essa, achar que tudo esta bem enquanto na verdade a coisa está preta. Muitos estão tão envolvidos com a música na igreja que não conversam com Deus. Muitos estão ocupados dando estudos bíblicos que não conversam com Deus. Existem aqueles que passam quase que 24 horas na igreja, mas não são amigos de Jesus. Será que isso esta acontecendo com você? Ou você acha que apenas porque se envolve de corpo e alma no trabalho de Deus tudo já esta bom?

A graça de Cristo hoje esta me convidando para uma reflexão real sobre vida cristã. E essa graça é tão forte que mesmo sabendo que eu errei, ela continua me dando uma oportunidade de fazer diferente daqui pra frente. Se caso você também passou ou está passando por isso te indico a agarrar a graça de Cristo e ela te fará voltar aos trilhos reais do viver a vida cristã ao lado de Jesus.