A tolerância é uma decisão pessoal que deve vir da crença, de que cada pessoa é um tesouro e que a vida é um campo de diversidades e de forças.
Devemos reconhecer que a força de “não” praticarmos o preconceito a insensibilidade e a intolerância, é uma forma de contribuirmos para proliferação das raízes do preconceito e da discriminação.
Pitágoras disse: “Nenhum Homem é livre que não se pode dominar”
Historiadores, estadistas, sociólogos e religiosos de diversas correntes, tem procurado diagnosticar o mal que sofre a sociedade pós-moderna.
Uns diagnosticam que o mal está no fator econômico, outros dizer ser o nível cultural, enfim ninguém por mais capacitado que seja consegue por um fim ao “mal”, que domina todas as pessoas, pois elas são dominadas por elas próprias.
Então, enquanto não houver um esforço empregado em cada ser, pra que ele melhore, não haverá melhora a volta, e o mundo sempre esbarrará no conceito de julgar o outro, e nunca em achar que o erro está impregnado nos corações e consciência de cada um de nós.
Existem áreas na vida de todos nós que, no nosso esforço para fazer tudo certo acabamos por errar, erramos tanto que chegamos a prejudicar nossa alma.
Acontece isso nos seguintes casos:
1. Quando somos ousados de tal maneira que nos tornamos atrevidos.2. Quando somos transparentes até o ponto de tornarmos grosseiros.3. Quando nos esforçamos para ser atencioso, acabamos desconfiados.4. Quando queremos ser sério, nos tornamos sombrios.5. Quando somos precavidos a ponto de nos tornar, fiscalizadores.
A Bíblia diz em suas páginas que: enquanto o homem não se dominar a si próprio, Deus, não o dominará.
Quando falamos de Tolerância e nos achamos “Tolerantes”, naturalmente, estamos em oposição aos “Intolerantes”.
Isso não nos tornaria “Intolerantes” em relação a pessoa “Intolerante”?;
o que me deixa um “Intolerante”, negando a minha afirmação,“Tolerante”?.
Acredito eu que o mundo está dividido basicamente entre dois tipos de pessoas:
Aqueles que são tolerantes de maneira geral, e os outros, que se sentem diferentes por não o serem.
Se essa força da “Tolerância”, consegue vencer a da “Intolerância, penso eu, que o mundo poderia até conhecer um pouco de paz.
...Quando dizemos que somos superiores ao “mundo” deveriamos exercitar nossa moral cristã naturalmente, não por que estamos “na igreja” ou não, mas a “Força” do esforço individual em cada um de nós, nos coloca como dependente da graça infinita do Pai, sendo preparado para o futuro.
Bertand Russell disse que: “Não existe Tolerância absoluta”.
A lição religiosa desse paradoxo é:
É necessário ser “Intolerante”, sim, em relação a certos grupos ou ideologias ou mesmo ao incorrigível, sim, mas sem renunciar nossa “superioridade cristã”, que está intimamente ligada a nossa “Tolerância” e abertos a uma inclusão, oferecendo oportunidades de mudanças como a que Cristo nos ofereceu quando éramos desprovidos da GRAÇA.
Devemos, sim, condenar e resistir a desvarios políticos e religiosos, que advogam a favor do assassinato de inocentes, que destroem normas básicas de civilidade, pais que jogam filhos pela janela, ou líderes que tentam tornar impossível o pluralismo da equidade de uma boa vida em sociedade.
O verdadeiro “Tolerante ”, é aquele que olha para as oportunidades como degraus de crescimento, aceita de bom coração os exercícios de altruísmo, tem capacidade de aceitar as críticas adversas sem exasperar-se, com magnanimidade está sempre acima das ofensas, vê no crítico as qualidades de aproveitamento para seu bem, seu coração generoso está acima da mesquinha honraria humana, que não contribui em nada o galardão na vida futura.
O verdadeiro “Tolerante” está em constante luta com seu “eu” mundano, mas ele deve fazer disso um esforço diário de mostrar com sua alma sua mudança.
Amar a todos com naturalidade, e acumular reservas morais suficiente para os dias de crise, e com isso conquistar um novo coração, canforado na filosofia da moral e da razão cristã.
FONTE: Adaptado de: A. W. Tozer from That Incredible Christian. Christianity Today, Vol. 29, no. 17.
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